Apartir desta quinta-feira, 18 de março, a H&M vai lançar online uma coleção que irá marcar a forma como a marca quer trabalhar no futuro. Chama-se Innovation Science Story e pretende homenagear as “mentes brilhantes pioneiras do desenvolvimento têxtil”.
O foco está sobre os tecidos e processos vanguardistas em silhuetas versáteis, futurísticas e quase extraterrestres que surgem em escolhas exageradas e ousadas nas peças de roupa. Ao mesmo tempo, têm etiquetas oversized que não são só um statement de design, mas descrevem também a história e ciência de cada peça com o objetivo de as tornar mais transparentes.
As peças-chave incluem jeans brancos largos com uma cintura dupla removível; uma camisa branca cropped com bolso oversized e um fato de treino. As propostas contam ainda com cortes reveladores e detalhes ajustáveis, como é o caso do blazer amarelo com ombros largos e recortes na cintura; o body de cintura subida e o vestido-camisa com bainhas laterais curvas.
A paleta de cores é leve e clean, e privilegia tons como o azul celeste, branco e verde menta. A ideia é manter o foco nas formas da coleção. Em contraste, há vários detalhes em laranja néon que dão alguma excentricidade às propostas.
A estética vanguardista da coleção.
Já os acessórios são arrojados, de forma a desconstruir as peças maioritariamente clean. A espiral é um dos elementos principais e representa as fontes sustentáveis que compõem grande parte das peças. Há o colar chunky com espirais laranja e detalhes em cristais e brincos a condizer, ambos feitos parcialmente em plástico reciclado.
Com o mesmo material foram também feitos os óculos de sol azuis. As sandálias de tiras e salto alto em verde dão mais um toque colorido e são produzidas em Desserto, uma inovadora pele vegan feita à base de catos.
A Inovation Science Story será o futuro da moda para a H&M. É um núcleo de experimentação da marca sueca no momento em que apresenta ao mundo os materiais de origem sustentável, mas ao mesmo tempo vanguardistas.
Uma das inovações é o EVO by Fulgar, um fio biológico derivado do óleo de rícino. Este recurso renovável é cultivado principalmente em locais que não são apropriados para outras plantas. Outra novidade é a tal pele vegan criada a partir de catos, Desserto, um material cruelty-free que diminui a utilização de recursos naturais como a água.
De regresso estão a Agraloop Hemp Biofibre (vencedora no Global Change Award 2018) que converte desperdício de colheitas alimentares, neste caso de cânhamo, numa nova fibra natural; a fibra celulósica Eastman Naia Renew, produzida num sistema químico de ciclo fechado em 60 por cento polpa de madeira e 40 por cento de desperdício de plástico reciclado; e o Texloop, um tipo de algodão reciclado processado utilizando desperdícios de algodão para criar um novo material. Ao mesmo tempo, preserva a qualidade da fibra para reciclagens futuras.
Na mesma linha de sustentabilidade, a marca já tinha apostado na Loop, uma máquina que recicla roupa e transforma peças antigas em novas. Neste momento, só existe uma loja com este serviço, em Estocolmo, na Suécia. Em poucas horas o resultado fica pronto e pode ser experimentado por qualquer cliente.
O funcionamento é muito simples e feito sem água ou quaisquer químicos. Tudo começa com uma limpeza da peça. Segue-se a fragmentação em fibras de tecido, a filtragem e a combinação em novos fios. Por fim é tricotada a nova peça. Tudo isto acontece em apenas duas horas. Para saber mais, leia o artigo completo da NiT.
A seguir, veja a galeria para conhecer as peças da Inovation Science Story, que estarão disponíveis a partir de quinta-feira, 18 de março.





